Após assistir o documentário da Netflix “O Dilema das Redes”, não tive como não me identificar com minha experiência pessoal. Que tipo de coisa consumimos na internet? Por que muita gente se afasta em vez de se conectar (verbo principal da web)?
Você, ao clicar ou visualizar algo, a rede social vai e lhe joga um anúncio daquele conteúdo. Até aí normal. Todo mundo sabe disso, e tá tudo bem, é uma forma de captação de clientes. As empresas ganham com os “likes”, o ruim é quando você vira escravo dessa coisa sem ganhar nada com isso.
É onde entra a “bolha”. A vaidade das pessoas e a irritação quando vê algo que se discorda ou que o contrapõe, gera o sentimento da moda: RANÇO. Este “feeling” te motiva a deletar aquela pessoa da sua vida virtual, e em muitos casos, da vida real também, já que tudo se mistura hoje em dia.
Quando você se ilha e não lida com o contraditório, sua vaidade lhe aprisiona, seu poder de escolha se esfarela e você se torna uma marionete facilmente manipulável das empresas de publicidade comercial e política. Comprar coisas inúteis e cair em fake news são apenas dois exemplos de consequências.
Como um cara confesso viciado em celular, mas que consegue ser sociável e dividir o tempo, digo que é possível “furar a bolha”. Naquela polêmica do decreto presidencial que "privatizaria" o SUS, fui removido por quem não concordou comigo. Sobre o caso Mari Ferrer, teve gente que desvirtuou meu post e seguiu o mesmo caminho. As pessoas não conversam mais.
Conviva com outras ideias, leia visões diferentes sobre o mesmo tema, não fique tempo demais na internet, assuma um hobby diário, e o mais importante, não acredite que o que tem aqui é 100% verdade. Tudo tem uma finalidade. Esta ideia também vale para você que opera no Direito, que acaba priorizando algumas áreas e desprezando as demais, atitude esta que pode lhe deixar perdido quando abordar uma questão no trabalho como causídico, como jurista ou mesmo para estudos. Tal limitação vai impedir de chegar à excelência e se consolidar acima da média em um mercado tão competitivo como é o meio jurídico.
A tecnologia é divertida, é útil, mas saber usá-la é fundamental para não passar a odiar o diferente, parar de crescer em conhecimento, e o mais grave, deixar de ser dono do próprio tempo. Converse mais ao vivo e com mais gente, viaje para novos destinos, experimente novas leituras. Forte abraço.
Paulo Monteiro Jr, fundador da Alpha Law Academy.
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